o tempo não me é favorável. apaga-me memórias que julguei guardadas em lugar seco e fresco, sem que o autorize. torna-me leves fragmentos que julgava presos a mim. vejo-lhes a vulnerabilidade. nada se sustém por muito tempo. nem a memória. julgava que me bastava pensar nisso para reviver a minha vida. como basta pensar no sabor de romãs para lhes sentir o sabor na boca. mesmo no tempo das amoras. mesmo no tempo de coisa nenhuma.
às vezes o tempo prega-me rasteiras e eu perdoo.
[ tempo ]
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lénia rufino
20.2.07
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