[ sometimes ]

rasgo-te a pele sem complacência. arranho-te as entranhas que viro ao contrário. pena? porquê? estás aí, vulnerável e transparente porque só sabes ser assim. eu não tenho que ter pena. jogo com as cartas que me dás e tendo a sair vitoriosa. perdeste o controlo de ti mesmo. olhas para mim e vês névoa. não deixo que vejas mais do que isso. para ti, o meu nome será sempre mistério. entregas-te sem que to peça e isso deixa-te no limbo. já pensaste que podes cair com um simples sopro meu? defende-te. constrói um muro grosso à tua frente e não deixes que eu entre por fresta nenhuma que possa escapar. defende-te de mim para que não morras agonizante à beira de um precipício qualquer. bloqueia o coração e impede que ele fale mais alto do que tu. eu sou uma doença mortal e não é disto que queres morrer.

1 comentários:

eli 26 fevereiro, 2007 21:45  

gostei muito assim como gosto desta tua "diferente" vertente.
fica bem e um beijinho.